Vídeos: Inês Cortez | Edição: Nuno Fragoso Ambos jornalistas do Penumbra
João Figueiredo é ator e bailarino. O seu currículo conta com trabalho feito em palco e em televisão, como foi o caso do série da RTP “Causa Própria”.
Em conversa com o Penumbra, João fala do seu “casamento” entre a dança e o teatro, o trabalho de equipa, o que o público não vê e um conselho para quem quer seguir estas artes performativas.
O trabalho “mascarado”
Antes, durante e depois do espetáculo, há um trabalho que o público não vê. João fala do preconceito de que ser ator é fácil, afirmando que existe todo um processo que vai para além de entender o texto. “O teatro vive de toda uma panóplia de pessoas que sem elas não existia nada.”
Dança e teatro. Uma união, de facto
O que surgiu primeiro? A dança ou o teatro? No caso de João Figueiredo, foi a dança.
Nascido em 2003, o João começou a praticar danças urbanas muito cedo. O que no princípio era um passatempo passou, aos 17 anos, para a competição. Aos 19 anos a atmosfera de teatro do Porto inspirou-o a juntar a dança à atuação.
Juntar a dança ao teatro ajuda na criação de uma personagem. “Teres consciência do teu corpo também é teres consciência como o colocas num sítio, como o vais levar até um ponto.”
Se o diabo vive nos detalhes, os detalhes vivem no teatro
João fala de como a atenção aos pequenos pormenores fazem toda a diferença no teatro. “É uma profissão que vive muito da atenção e do observar do mundo e daquilo que te rodeia.”
Trabalho de equipa
Organização, respeito, diálogo, união, espaço. Estão reunidas as condições para um trabalho de equipa eficaz e prazeroso. “Se não houver esse respeito pelo processo e pelo ator, as coisas não funcionam e é importante que toda a gente esteja no mesmo.” João dá o exemplo de quem trabalha com o guarda-roupa para mostrar como é importante incluir toda a gente.
Conselho: questionem
João aconselha todos os que querem trabalhar com a dança e o teatro a questionarem tudo. “E quando alguém te disser que não questiones, para parares, é porque então tiraram-te a tua liberdade.” E antes de cair o pano na nossa conversa, João deixa-nos com a seguinte sabedoria: “questionar é a maior arma.”
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